segunda-feira, 14 de abril de 2008

FLORESTA AMAZONICA

S.O.S. FLORESTA AMAZÔNICA
O COMANDO MILITAR DA AMAZÔNIA ALERTA: O BRASIL PODE PERDER SUA FLORESTA.

Descrevendo as difíceis condições de seus homens e cobrando equipamentos novos, o general Augusto Heleno Ribeiro, ex-chefe das tropas da Organização das Nações Unidas no Haiti, e atual comandante militar da Amazônia, defende que a região precisa urgentemente de mais atenção do resto do país e diz que o risco de internacionalização da floresta deve ser levado a sério. Ele cobra investimentos e revela que seus soldados ainda usam fuzis de 1964.
1. Fale da situação do Exército na Amazônia:
Temos um efetivo de 25 mil homens e basicamente duas estratégias: a presença com 28 OM, e a dissuasão, baseado na nossa capacidade de combate e intervenção. Temos o melhor combatente de Selva do mundo. Nossos soldados e cabos são locais e totalmente adaptados. A selva só é aliada de quem a conhece bem. Para quem não é íntimo pode haver surpresas desagradáveis.

2. O exército tem controle da fronteira
São 11,5 mil quilômetro, quase cinco vezes a fronteira do México com os Estados Unidos e com características de selva em grande parte dela. Thomas Shannon (secretário-assistente de Estado Norte Americano), admitiu que nem mesmo eles conseguem controlar totalmente a fronteira. Isso com toda tecnologia e meios que dispõe. Pra nós é muito difícil, mas hoje temos um sistema de vigilância bastante eficiente. Do ponto de vista do controle de tráfico de drogas e armas ainda temos que melhorar muito, mas ai não é só problema do exército. A presença do PF e do Ibama, da Receita Federal e do Incra precisa aumentar.

3. É necessário aumentar o efetivo
Todo mundo sempre quer mais homens, mas hoje essa não é a prioridade. Não adianta aumentar o efetivo e agravar os problemas. Na Selva isso significa servidão logística, custa caro. Aspiramos equipamento moderno e meios de transporte com agilidade e flexibilidade compatível com a Amazônia. O que queremos, o mais rápido possível é que as promessas de reaparelhamento sejam cumprida, nosso fuzil ainda é de 1964, temos deficiência de energia e sérios problemas de transporte. Há pelotões que não têm luz e outros que não têm água potável.

4. Qual a avaliação da crise diplomática entre Colômbia e Equador.
Ao avaliar o problema chegamos à conclusão que o incidente tinha sido longe da fronteira, envolvia dois países amigos e que haveria reflexos nos território nacional. Diante da postura do governo brasileiro, que, de acordo como nossas tradições históricas, entraria como poder moderador, com diplomatas competentes nesse tipo de crise, preferimos não movimentar tropas, não criar nenhum estado de alerta para não colocar lenha na fogueira. Mas é um sinal amarelo. Seria imprudente achar que o Brasil, com sua estatura estratégica que possui, não vá precisar respaldar decisões e interesses com um poder militar compatível com sua expansão no cenário militar.

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